Aborígenes.
Hoje passei pela avenida paulista
Toda vez que por lá passo,
Me vem à cabeça Mario de Andrade
É dia de semana, choveu à tarde. Passa gente de todo tipo e idade.
Tem no ar algo de impessoal;
Há gente simples e bonita.
Pobre, rica e até artista!
Caminhando da Augusta até a Brigadeiro;
É como se passasse pelo mundo inteiro.
Mario de Andrade, que era buliçoso culturalmente e abolicionista,
Já nada entenderia da avenida Paulista.
Que hoje é mais a cara do mundo
Do que Macunaíma.
Pessoas morenas e de olhos azuis,
Orientais e de outras origens são a maioria e não são turistas ocasionais.
Quase nunca se vê os traços aborígenes
Onde foram parar os guaranis ,
Nossos ancestrais?