Oração a rios, lagos e marés (que precisam ou insistem em ser)

Que o tempo das turbulentas águas chegue e passe - e não reste cascalho sobre o lodo, nem lodo sob a alma das águas.

Que as turbas águas turvas lavem as almas, as algas, as perversas amálgamas e levem as inversas chaves mestras dos cadeados da dignidade.

Que a força da alma das águas engula a contramão e faça voarem os peixes. E as borboletas.

Que a força da mão não refreie a alma - e esta clareie as águas.

E que as novas claras águas sejam mestras de si mesmas.

Gina Girão
Enviado por Gina Girão em 15/07/2013
Reeditado em 17/03/2016
Código do texto: T4388206
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