prosa a um amigo

...saudade quando bate, não há tramela que dê conta ...

Abrem-se porteiras,solta o gado, engenhoca espreme a cana,galinha grita cocoó... co-có ouve-se relincho na coxeira,uma meia dúzia de cães balançam o rabo.O menino Ilia olha de meia jota, vê quem é pra mim Ilia,diz D.Nana ,se for visita tenho que colocar mais água no feijão.

Elias vai até a porta gira a tramela,a porta se abre,a saudade vai simbora,é uma nova carga de cana, passando pelo caminho do engenho.

O menino segue atrás, o burro foge, tropeiro grita:

Êia... chibata de couro trançada,corre o lombo do bicho,o menino vê aquilo, calado,sôfrego.

Sente vontade de parar o sofrimento ,o peão de rabo de olho segue o menino,que vê o ato acometido.

Inté!

Sissapoetisa
Enviado por Sissapoetisa em 12/07/2013
Código do texto: T4383900
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