DE VOLTA AO PASSADO
Naquelas tardes fagueiras
só nós dois...
Em meio a tanta solidão
o amor, só ele...
a nos fazer companhia.
Havia o riacho sereno
tanta paz...
no cantar de suas águas
incansáveis...
correndo entre pedras.
O canto dos pássaros
infinito...
pelas árvores a fora
mavioso coral...
a se perder entre folhas.
E nós naquela imensidão
perdidos...
embevecidos pela beleza
espalhada...
naquele local de sonhos.
Hoje não mais tardes
trigueiras...
não mais canto de pássaros
só aridez...
no nosso novo mundo.
Porque as intempéries
proliferaram...
e cobriram tudo com seu manto
de destruição...
nada restou, mais nada.
Daquele lugar fagueiro
nosso rincão...
só ficou a saudade
doída...
perdida entre pedras
asfalto...
Tudo lá acabou!