VELHAS CARTAS
É bem gostoso poder estar trocando algumas conversas “on line” com
quem eu amo. Parece que o tempo não passou e continuamos gostando de nos comunicar, quando escrevemos nossas tolices que para nós são peças literárias. Afinal não tivemos, naquele tempo, a oportunidade de contar com um instrumento tão moderno para enviar nossas notícias.
O carteiro, em sua velha bicicleta, era o grande mensageiro que levava nossas cartas diariamente e recebia a resposta da carta do dia anterior, já devidamente selada, para fazer a postagem nos correios.
Mas isto, ao invés de ser atraso, para nós representa a prova de que, quando a amizade fala alto, as distâncias podem ser encurtadas e o computador, com sua rápida internet, de nada influenciaria o que estava pulsando dentro de nós, nos nossos bons, como hoje também o são, tempos.
Tempos em que a espera representava um fortalecimento do desejo cada vez maior de descobrir sentimentos seus e meus que, diariamente, chegavam, lacrados em envelopes, nas mensagens de carinho, amor, orientação e, sobretudo, esperança.
Os envelopes que eram abertos a cada dia faziam fortalecer a ansiedade por uma conquista maior que era a nossa felicidade juntos. Velhas cartas!