O teu dia.
Dar-se o dia, mistura-se o passado, num presente
Que mais parece findado, a alma sente
E neste dia que é teu, logo vem me avisar
Que se o passado mentiu, mentiste a vida, leviana!
Que ao ser engana, e de pouco vale lamentar.
Dar-se o dia, o teu dia, somado a lembrança
A alma tansa, não cansa, teima em recordar,
E por mais avisado: congruente me é a razão.
Para que teu sentir não me seja mais lembrado
Não se rebenta tal efectivo ao coração.
Que ainda sonha um amar, que nem sequer existe
Não se aquieta o coração, e no almejo insiste
Apenas para ter algo há se recordar,
Aquilo que não sacia, mas falta, paixão.
"Parabéns a alguém que muito amo, e hoje completa mais um ano de vida, sabendo que jamais irá ler, ainda assim não me seria amor desejar."