Prefiro chorar a me dopar
Tantas vezes eu caí,
Quantas tantas levantei?
Me refiz depois de arder,
Sobrevivi e voei.
Hoje adormecem a fênix,
Que tantas vezes sobreviveu a dor,
Uma dose de engolir,
Engolindo o choro com o torpor.
Às vezes finjo que esqueci a dose,
Prefiro chorar até adormecer,
Acordo refeita noutra manhã,
Porque deixei o sofrimento esmaecer.
Não adianta tentarem me dopar,
Não me alivia o choro sufocar,
Às vezes minha alma precisa chorar,
Deixa esse calmante pra lá.