AS MOIRAS

As parcas são demais demoradas

Acumulo um tesouro e não uso

Minhas notas breve e semifusas no ar

E se viesse um dilúvio?

Que adiantaria todas essas coisas?

Sei tanta coisa mas tanta coisa

Que não sei se adiantaria para me salvar

além do opcional saber nadar

A dor se apresenta e muitas vezes sucumbe em renuncias

Ah se Eu tivesse um calhambeque que fosse

Pra muitas coisas estaria dando o meu salamaleque

As parcas são demasiadamente demoradas

Um tempo rezo outro vocifero

Não sei ... não sei ...

Na minha lerdeza sou tão ágil quanto uma foca

Eu aprendo muito com a solidão

Um simples poeta pra mim é um poetrasto

Se nele contiver ritmo ou métrica

Ou no mínimo um encanto

Admiro muito quem tem essa magia

As parcas são irritantes em sua demora

Que destino fiam-me elas se Eu mesmo as amarro?

Comigo as coisas são assim ... aos poucos vindo ...

No meu mundo tão noturno, tão soturno

Vou me franzino a testa,

cravando as unhas no cocuruto,

E puxando as minhas têmporas.

Onde estão os meus sentidos?

Em que ar estará a fragrância?

Parece que esta tudo fora do prumo

Porque continuo aqui de pé no chão

Mas as parcas são demoradas demais

Será que estou parado ou elas que estão descansando?

Eugênio O Vate
Enviado por Eugênio O Vate em 28/06/2013
Código do texto: T4362565
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