No apagar das luzes
No apagar das luzes
Nas noites sombrias
Passa um vento frio
Me causam um vazio
Em meu peito o soluço
Se encontra com a saudade
Talvez até pela maldade
Do tempo que nos separou
Agora brinca conosco feito loucos
E cada beijo, abraço aos pouco.
Vamos removendo esse passado
Que assolou, maltratou nossos corações.
Alardeando nossos caminhos
Perdeu-se um pouquinho
Nos conflitos, nos encontros duradouros.
Resta saber nobre moça
Se ainda há em nós a esperança
De nos alcançarmos feitas folhas
Que caem de repente daquela brisa
Que passeia pelas avenidas
Sucumbe o grito forte e potente
Chora as minguas em nosso peito
Feito leito bravio de um rio
Suave como a brisa do inverno
E com os abraços nos aquecer
Muito antes do entardecer
E nos beijos e afagos apertados
Quisera ser seu namorado
Do que um ladrão todo abandonado
No infortúnio e dilacerado
Não quero nem relembrar
Das angustias, a separação que causava.
A dor no coração que apertava
Doía e a dor latente se desfez.
Quando num abraço aprumado
Meu corpo ao seu se aquietou
Foi passando as imagens de um tempo
Que nem se quer imaginado
Pudesse ainda permanecer
E naquele beijo selado
Nossos lábios colados
Transmitiam todo amor e poder
Oh! Tristeza exacerbada
Vá embora sua malvada
Pra eu parar de sofrer
Vem trazer o meu doce amor
De novo, me presenteando.
Do sorriso, do abraço, de você.
Do doce mel de teus lábios
Ao gosto todo açucarado
De teu corpo deitado
Possa então me apetecer
Nas notas das musicas tocadas
Embelezando aquele ambiente
Tirando todo teu desejo
Num beijo bem ardente
Se o abraço for apertado
Já me considero enamorado
De novo assim como antes
Feliz, amando e radiante.
Da menina doce e meiga
Que um dia me apaixonei
Faz nos ternos enamorados
Esquecemos até das horas que passam
Feito água no riacho a escorrer
Mas a vontade é tamanha
De juntar que não se engana
A delicia desse prazer