Sina minha
E aquele desejo que um dia fora tamanho
Acabou num balbuciar estranho
Inevitável, a sina minha vem castigar
Assim como o inverno tem de chegar
O olhar desvaneceu e rachou
estraçalhou aquele coração que amou
Até o algoz de escravidão chicoteou remido
compassivo agora, o olhar se "arretira", temido.
Grita por socorro até a lira dos meus melhores anos
chora por colo até aqueles meus sonhos insanos
revive em si a plena incerteza de se deleitar
num ciclo vicioso da solidão de amar
mas irrequieto os lábios ainda tremem, balbuciam
e as pestanas ainda se fecham na extasia
se for sina, tal veneno beberia
porque é melhor morrer que viver de histeria
e o veneno de extermínio que domina
aceitaria, pode ser que até a morte me abomina
porém, se for minha sina esse veneno beberia.