SINTA-ME!

SINTA-ME!

(prosa poética escrita por Janil Lopes Corrêa = jlc - jan)

Talvez, o quê não consigas entender, por isso não me levas à serio, é que há em mim não só um corpo que vibra, mas também uma alma que, permanentemente, implora por um pouco de atenção, por respeito, por carinho, enfim, por amor. Que é verdade que ainda sinto tesão - por que não sentiria, diante de tanta beleza? - e que, muito além disso tudo, existe um espírito que clama, por tudo isso e mais alguma coisa!

Se tivesses feito um pequeno esforço e mergulhasses em mim, no mais profundo do meu âmago, o que certamente não te interessou, pois, em tua vida, navegas sempre na superfície, em “mar de almirante”, compreenderias a forma como ajo, como sou fácil de entender e de levar-se, qual é a marca da minha personalidade e o que penso... Entretanto, preferiste ver-me do jeito mais fácil, o teu jeito, somente pela aparência. O que posso fazer se é assim que gostas de ser e de viver, superficialmente?

Só poderás conhecer-me, um dia, quando realmente desejares e, para isso, será necessário que, verdadeiramente, queiras te interessar por mim. Quando isso acontecer poderás usar da sensibilidade, que só as verdadeiras mulheres possuem e são dotadas, e verificar e entender, meu anjo, que podes percorrer-me todo com teus beijos sem, contudo, jamais esquecer que tenho uma mente e que, além do meu tesão que é imenso, possuo um coração que pulsa, que sou pura emoção em constante luta contra a minha razão...

Invade, eu permito, meus mais recônditos sentimentos e se puderes a minha alma também!!! Sente-me como realmente sou, para que possa, ao menos, me respeitar!

Vê que esse que imaginavas um FANTOCHE e com quem resolveste brincar e tentaste trair é um HOMEM!

jlc
Enviado por jlc em 27/06/2013
Reeditado em 10/09/2013
Código do texto: T4360469
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