INDO PARA O CÉU E O AMOR




Era o dia de ir para o Céu:
uns acordaram cedo e muitos nem dormiram.
Teve também quem fez amor em grande parte da noite
e acordou feliz e risonho.

Ir ou não ir, eis a questão.
Alguns estavam cabreiro, muita exigência,
burocracia pra valer.
E também, nem sabiam como iam,
se a pé ou de avião.
Fila, atraso e surgiram as aflições:
ninguém sabia de nada,
e quando dizia, a informação desencontra-se:
- é o apagão aéreo, meu Senhor?
Sei não, fale com o Ministro Waldir Pires,
com São Pedro, quem sabe com o Lula, para quem o inferno e logo
ali...
A Presidente Dilma, há mais de cem dias no cargo, com o Lula dando palpite não sabia de nada, nada podia resolver!

Anselmo  estava ficando escolado, sabidinho
 pelo convívio  com a Betinha e  afirmou:
- eu vou de Navio, vendo o mar e fazendo amor!
Adesão geral: eu também vou, eu também vou!!!...
Betinha olhou Anselmo, olhou, olhou... e como conhecia
bem o namorado sentiu uma delícia antecipada...

E foram mesmo. Foi o eu tinha de ser:
de navio, fazendo amor, numa boa.
No navio fazendo amor, 
vai-se ao Céu e até bem mais longe...

E ainda, a sensação de que seqüestro, bala perdida,
apagão aéreo e os políticos brasileiros iam ficando  
cada vez distantes...
QUE ALÍVIO!!!


N - Da série, escrevendo bobagens