SINTO-ME TÃO IMPOTENTE . . .
Sinto-me tão impotente...
Ao ver o meu povo maltratado, sofrendo
muitos cantando, mas de fome morrendo
ou comendo o pão que o diabo amassou
Sinto-me tão impotente...
Vendo o Brasil assaltado pela corrupção
o desvio de dinheiro, norteando a nação
vendo a lei solitária, cambaleante de dor
...
Sinto-me tão impotente...
Quando vejo a morte rodeando hospitais
pessoas gemem sem que escutem seus ais
enquanto outros morrem, em frente à TV
Sinto-me tão impotente...
Quando eu assisto aos jornais televisivos
a morte dos homens, pelas vícios nocivos
e eu bem ali, sem nada que possa fazer
Sinto-me tão impotente...
Ao ver meu grito sem ouvidos, sem ecos
ver meus irmãos desgostosos nos botecos
ver a falta de esperanças, como me dói
Sinto-me tão impotente...
Ver as leis obsoletas, até ultrapassadas
ferindo a balas ainda que emborrachadas
o povo que sofre,chora, mas que constrói
Sinto-me tão impotente...
Aceitar pequenas vilas se tornando cidades
sem saúde, educação, apenas por vaidades
de alguns poucos, a favor da sua esperteza
Sinto-me hoje, menos impotente...
Ao ver o amanhecer de uma juventude sadia
que o Sol da liberdade iluminou por um dia
e alegrou essa nação mergulhada na tristeza
Sinto-me agora importante e orgulhoso estou...
Parabéns, juventude brasileira, pelo seu feito
me curvo diante de vocês e bato no meu peito
Sou brasileiro, com muito orgulho e muito amor!
(EduMagalhães)