POVO BRASILEIRO

E as feras feridas

Protegeram suas crias,

Rebelando-se em desordens

Naquele fim de dia...

Não era nem tão tarde

Que pudessem ofuscar-lhes

O brilho...

Mas o povo veio a forra

Como quem crava-lhes ao peito

Um punhal de consciência

Na busca da cidadania...

Não se calaram as vozes

De toda uma nação...

E emudeceram

Os senhores

Escravagista da população...

Feitores,

Tiravam-lhes os leitos

Da saúde...

E cruéis rasgavam

A cartilha da educação...

A segurança era a chibata,

As trincheiras,

O próprio cidadão...

E embora ainda jovem

O povo joga-se ao chão

Para separar o joio do trigo

E diferenciar o que é confusão...

Foi assim naquele dia

O marco de nossa historia...

Não se fala desse ou daquele,

Dos que precisam ir embora,

Apenas estavam na busca

De um futuro com mais gloria...

Sem que usurpem nossos direitos

Ou subestime nossa razão...

Não foram os nobres que foram a luta

Como escudos de seu país

Foram todos os Brasileiros

Que buscaram um pouco de paz...

Se a desculpa foi o passe livre,

Temos que agradecer,

Foi diante de tal movimento

Que o gigante despertou,

Para um novo amanhecer...

Não deixemos que morra

Essa dita confusão.

Em meio ao caos

Talvez encontremos a solução...

Não há promessas que se sustente

Se não haver mudanças,

Abrindo o caminho

Iniciante de uma nova era

Para a releitura da Constituição...

Toda luta é inglória

Se passivo for seu povo...

Estar de volta as ruas,

Não pode ser rebelião.

Vamos hastear nossas bandeiras

Como que pisa firme ao chão...

Não deixemos que se calem

Os anseios desse povo,

Que tem direitos humanos

Fundamentados na liberdade de expressão...