UM MOMENTO
Quem poderia imaginar que desistiria...
Eu, que sempre tive o defeito do otimismo,
Que tive sempre a alegria como bandeira,
E o sorriso como abre alas...
Meu otimismo está periclitante,
Minha alegria já não é brilhante,
Meu sorriso ...
Estou desistindo.
Estou fechando o balanço da vida.
Pelo meu rosto corre uma lágrima.
Pelo meu coração se fecha um aperto.
Tentei somar, tentei colorir, tentei...
Parece que a conta não fechou...
Parece que amor não é o bastante para nada,
Não é bastante para ninguém...
Parece que ter esperança é crime.
Ter um sorriso vale tanto quanto nada.
Então, venceram os desesperançados...
Venceram os tristes, os mal humorados, os insatisfeitos.
Eles estavam certos, eu, errada.
Desisto.