A MOLA ESPREITA
Encontrarei Efigênia no Parnaso
Beijarei Iracema infinitamente
Afogarão Ofélias em meu riacho
A mola espreita nas vagas ...
Nada de mais vejo em mim
Eu mesmo me achei
Eu mesmo me perdi
Não ouço nem uma palavra
Nem uma vaga melodia
Fui encontrado pelo abandono
Depois de almejar um bem acima da compreensão alheia
Todo mundo parece querer o mesmo mas sabe-se lá com que finalidade?
Não Lamento por ter sido ignorado
Deve ter tido uma razão ...
Muitas vezes somos os culpados!
O mundo é como uma meretriz
Precisa sempre de algo para lhe adquirir
Lamento sim, as vezes, de ter disperdiçado tanto tempo
Me dando a servidão e a proveito de vigários
Minha vontade é um aro espiral
Ái dela toda solta! Ái dos meus áis!
Ninguém me segurará mais!
Mesmo assim condicionado a grande roda da fortuna!
"Encontrarei Ifigênia no Parnaso
Beijarei Iracema infinitamente
Afogarão Ofélias em meu riacho
A mola espreita nas vagas ..."