A MOLA ESPREITA

Encontrarei Efigênia no Parnaso

Beijarei Iracema infinitamente

Afogarão Ofélias em meu riacho

A mola espreita nas vagas ...

Nada de mais vejo em mim

Eu mesmo me achei

Eu mesmo me perdi

Não ouço nem uma palavra

Nem uma vaga melodia

Fui encontrado pelo abandono

Depois de almejar um bem acima da compreensão alheia

Todo mundo parece querer o mesmo mas sabe-se lá com que finalidade?

Não Lamento por ter sido ignorado

Deve ter tido uma razão ...

Muitas vezes somos os culpados!

O mundo é como uma meretriz

Precisa sempre de algo para lhe adquirir

Lamento sim, as vezes, de ter disperdiçado tanto tempo

Me dando a servidão e a proveito de vigários

Minha vontade é um aro espiral

Ái dela toda solta! Ái dos meus áis!

Ninguém me segurará mais!

Mesmo assim condicionado a grande roda da fortuna!

"Encontrarei Ifigênia no Parnaso

Beijarei Iracema infinitamente

Afogarão Ofélias em meu riacho

A mola espreita nas vagas ..."

Eugênio O Vate
Enviado por Eugênio O Vate em 20/06/2013
Reeditado em 20/06/2013
Código do texto: T4350783
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