AMARIA...
Deixaria a alma com as velas das ilusões se não aportassem em mim as certezas do olhar. Navegaria sobre a superfície espelhada de sonhos se estivesse a salvo dos mergulhos da realidade. Aportaria na afirmação dos portos se restassem dúvidas sobre as intenções e o amor não estivesse fundeado nas profundezas dos verbos em condições irrealizáveis... Amaria, enfim, com a eternidade das projeções pretéritas à deriva dos futuros idealizados, o verso anônimo que em meu corpo ancorou a intensidade de um instante.