O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

Quando a lua se escondeu, de vergonha, de medo, de indignação

e os poetas da vida se ocupavam de lindos poemas à pátria,

pátria esta, extorquida, exaurida, estupefata, vinha do alto do poder

um cheiro forte de fumaça, um quê de enxofre fantasiado de luz,

que parecia engolir as consciências e erguer uma cortina pintada

de trevas no país do sol pungente, uma alma em negritude faz-se presente,

roubando nosso direito de opinar! Mas nunca o direito ao protesto!

O respeito anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

E, nas trevas, onde a insanidade quase inocente dançava solta,

onde nada a fazia parar de rodopiar, envolvendo assim o que estivesse

à sua volta, semeando a inquietude e a revolta, através de votos espúrios...

O respeito, este sim, anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

Um ser que infelizmente, mente tanto que nem sente, diria: um insano

- Como pode não perceber que o povo não participa desta loucura, desta frescura?!

De repente, o cheiro de fumaça, se amplia, segue uma nostalgia que anuncia

Um ser que vive no eterno breu, que não se mostra, mas está presente e denuncia

que a ele foram prometidas algazarras, transformações em muitos corações...

Mas, patifarias com certeza, a lua não permite, algozes correm velozes!

Há um quê de Luz que nos livra de infortúnios, brilho esse, que protege a nossa voz.

O respeito, este sim, anda doente! Maltrapilho, maltratado, decadente!

Esse voto dito “santo” tão falado, esse mesmo que não adianta mudar a sua forma,

que vem da insanidade e muda a política

e a teu voto, falso Feliz, de uma forma nefasta e ridícula,

que arrasta nosso povo ao preconceito, tem na lâmina da face só vergonha...

só desprezo, só desgosto, um desrespeito!

O respeito, este sim, anda doente! Maltrapilho, maltratado, decadente!

Doem nas almas desses poetas da vida assistir ao poder de formar os jardins

que eles plantam cotidianamente, esses mesmos poetas que amam a luz

sofrem com essa escuridão na qual estão sendo transformados os dias,

onde não há lábios vermelhos de sorriso, mas sim um rubro da violência

espalhado pela grama outrora verde!

Onde um doente vem propor a cura a quem nunca adoeceu,

posto que doentes existem muitos neste País meu...

---O respeito, este sim anda doente! Maltrapilho, maltratado, decadente!

Onde a ganância e o enriquecimento ilícito sufocam! Onde o pronome EU predomina,

onde os degraus não são galgados um por um, e existe sempre um peixe dentre os ditos santos...

porque a minoria que está à frente é pisoteada, cuspida na cara...

O respeito, este sim, anda doente... Maltrapilho, mal tratado, decadente!

A doença está nos olhos de quem vê, queremos mais um arco-íris nesta lida

pois se assim seremos vistos nesta vida, vamos marchar sobre esta vil opinião!

O respeito, este sim anda doente! Maltrapilho, maltratado, decadente!

Angela Chagas RJ /Jane Moreira MG/ Raquel Ordones MG / Marcia Poesia de Sá PE

Raquel Ordones, Angela Chaves, Jane Moreira e Márcia P. de Sá
Enviado por Raquel Ordones em 19/06/2013
Código do texto: T4348792
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