Desigual

Munido da paciência divina perambula na esquina

esperando a hora da sirene tocar

Um mulher apressada passa invisível ao olhar

Entre cada pigarro um cigarro

Ansiedade e insegurança misturam-se ao amor

O corpo ferve de paixão

A sirena mal acaba de tocar

e contempla uma procissão de operários passar

Espicha o olhar e vê o portão fechar

A amada prolonga a jornada

o patrão quer faturar.