(A)Mar.
Nesse mar de anseios ilusórios lanço meus barcos-sonhos
Poemas insensatos e tristonhos,à deriva flutuam.
Rajadas de vento agitam as aflições que me fitam
Jogo minha âncora ineficiente.
Temo esfacelar-me nas rochas do temor.
Não desejo ficar à deriva,
Nem perder-me nas brumas dos sonhos desfeitos.
Nessa noite,fito esse escuro céu,
Em busca de uma luz que me guie
Uma pequena e cintilante estrela...
Sou um ponto perdido e sem rumo.
Um torto escrito,em tortas linhas sem prumo
Caminho íngreme,deserto inóspito.
Vem, sê minha estrela...
Estenda-me o brilho desse olhar esperança
Seja o vento que me guiará.
Sem ímpeto,
Seja o ruído do meu mar.
O meu avistar de terra,
A calmaria que não deixa
Rasgar meus barcos...
Que eles sejam belas visões
Nesse horizonte-sonho
Tão nosso.
Tão longe do mal
Vem, sê meu mel e meu sal!
Meu eterno (a)mar...