Aos críticos.

Aos críticos.

Não quero se lembrado por minhas virtudes

Nem por minhas aptidões artísticas

Por aquilo que fiz ou deixei de fazer.

Poucos homens têm força moral para acusar um morto

Entre os mais virtuosos não se encontra um que exerça

Imparcialidade para praticar um julgamento justo.

Ao defunto um breve adeus, que a terra lhe seja leve!

Todos os defeitos viram virtudes, até as dívidas lhe são perdoada.

Quero, portanto viver em paz, livre de acusações,

Para isso peço um favor aos que perderão seu tempo para estudar

Para procurar na minha obra os meus maiores defeitos,

Meus desvios emocionais, que não se arrisquem em classificar,

Em mensurar meus calos morais.

E aos críticos, um conselho:

Para falar, para mergulhar no meu universo,

Para opinar sobre meu oficio, poupem seus comentários,

Seus discursos dissimulados, a mim não convencerão,

Nem aos que se identificarem com meu modo único de falar,

De escrever verdades tão duras em linhas retas.

Brasília 01/04/2207

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 02/04/2007
Código do texto: T434449