pequena flor na janela
pintei o céu quando encontra o mar, e muda de cor lentamente até morrer. enquanto a vida cresce em volta dominando as folhas do calendário, o coração batendo pra onde nasce a chuva, em seus olhos rasos d’água. as ruas começam a estreitar no vagar macio do vai e vem dos seus cabelos. chora o silencio em partes iguais, tal brisa e pipas no fio, que o vento leva pra qualquer lugar... a paz dos moinhos, o quê os braços vão querer e os olhos irão apagar. como um pincel livre por todo céu, e acorrentado à revoada de uma ave. porque uma asa me morre.