A incerteza da mocidade
É melhor viver a mocidade
Que a ver passar pela cidade
Estranha e só
Desfeita e refeita num nó
Quem a olha também vê a lua
A vista estranha e nua
Confunde a certeza
A torna volúvel incerteza
De quem quer apenas
Viver sem penas
Viver sem remorso
Sem cor nem retorço
Sem pensar ser ilusão
Aquilo que já é gritante ao coração
Querendo falar e gritar ao mundo
O que já sabe há tantos segundos
Que a mocidade ama e desama
E que pode fazer e desfazer a cama
De quem tanto se importa
Mas que as vezes nunca passa daquela porta