VERDADE
Naquele dia, qualquer um dos dias
Estive morta só por uns instantes
Estive livre dos teus vis encantos
Manipulando o que mais havia
Nos teus pertences tão dissimulados
No guarda-roupa já desconjuntado
Havia aquilo que não me dizias
Mas ouvia a voz lá na noite fria
A me convencer de algo havia
Pois o que ficaria, era só uns traços
Da cruel verdade que me escondias
Mas eis que um dia destes quaisquer dias
Li na tua mão enquanto dormias
E assim sozinha, numa noite fria
Soube da verdade, ao raiar do dia