Nunca Mais

Você pode até se sentir um tanto desajeitado antes de dormir, e se pegar pensando em mim, quando sua cabeça pesar sobre o travesseiro. Você pode sentir sua consciência arder, a ponto de fazer escorrer, aquela saudade pelo seu rosto, até o amanhecer. Você pode estar tentando me encontrar, mas a esta hora, meu caro, eu já estou longe. Você vai querer saber onde eu me encontro, dos polos gelados, até a China dos Monges, e eu vou estar em qualquer lugar, me reabilitando para continuar. Será tarde demais quando você lembrar de amar. Eu já estarei viajando como um Querubim, e você não pode mais vir até mim. Esgotaram-se os sorrisos, os festivais de alegria. Cá estou eu, longe de você, vivendo um novo dia. Eu posso até chorar daqui, enquanto você chora daí, mas nenhum dos dois jamais saberá que o outro passou por alí. Então, outro dia não haverá, eu não mais te abraçarei, e você não mais me abraçará, e chagará o dia que irá querer recomeçar, mas não mais poderá.

Débora Foz
Enviado por Débora Foz em 11/06/2013
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