Apenas um Jovem
Jovem efêmero e medroso, fruto da geração Coca-Fanta
Que semeia o espírito jovial de forma impetuosa e desastrosa,
Vivendo freneticamente no limite, em uma linha tênue entre o Estúpido e o Patético.
Fruto de uma vida degenerada e precoce,
Sente-se só em meio a um mundo tão estranho e nada acolhedor,
Com medo de errar, de não ser alguém melhor, de não ter um emprego que possa se orgulhar,
Com medo de julgamentos alheios, com medo de olhares furtivos... Medo de sentir medo,
Medo de não aguentar a pressão imposta pelo novo mundo.
No fundo ele sabe que não é a droga do Futuro da Nação,
No fundo ele sabe que não vale a pena se orgulhar de uma nação que vive na inércia,
Dependentes da ignorância, acorrentados pela necessidade de sobrevivência,
Pobre Jovem... Tomado pelo desejo de ajudá-los, de guiá-los em meio a essa escuridão mental.
E sua alma enfurecida por vezes deseja sair de seu corpo,
Se negando a fazer parte de um mundo tão sujo,
Mas ele continua relutante, fugindo das armadilhas cruéis da sociedade.
E quando está cansado de fugir,
Deita em sua cama tomada por uma morbidez surreal,
E olha para o teto,
E a tristeza invade sua face, seus olhos já não podem chorar, seu coração vazio,
Sua mente baqueada pelo desespero,
E um desejo de sumir, de voar para longe daquele mundo entrelaça seus pensamentos.
Mas ele sabe que não pode fugir,
E fecha seus olhos, com a esperança fúnebre de nunca mais acordar.
Autor: Davi Lima.