Acácia

Verdade,

vaguei a tua procura por todo esse tempo.

queimei cartas,

rasguei fotos,

devorei-te doce e amargo.

Por ti dormi entre lobos e homens,

entre cantigas de ninar e gritos de dor.

para no fim encontrar tua cruel pantera

As flores que me deste

já murcharam

a ferida que me causaste já sarou

e o amargo do teu beijo já se foi

Portanto agora me ergo

Bravo,altivo e indolor

e já não é a ti que procuro.

Muito menos ao teu sangue,Acácia.

Procuro rasgar tuas fotos

queimar tuas cartas

e perder teu gosto

Para que o teu fantasma que me assombra

possa enfim descansar.