"QUER MORAR NO CÉU?"
Evaldo da Veiga
Eles iam para Céu, mas estavam
em estágio compulsório, no Purgatório.
Anselmo estava contente,
parecia um menino no primeiro namoro.
Betinha, como sempre, observadora...
- “quero conhecer bem a coisa...”
Dizia ela reticente, cabreira, no que iria rolar.
Anselmo naquele seu jeito misto de homem/menino,
estava bem para o encanto:
- “QUE LUGAR FRESQUINHO E BEM VENTILADO,
NÃO PRECISA NEM DE VENTILADOR!!!”
- exclamava Anselmo, do alto da empolgação.
O pessoal estava bem simpático ao Anselmo,
aquele seu jeito simples de valorizar, também, pequenas coisas,
era cativante.
- “dizem que no Purgatório tem pulgas, nada disso, tem não!
Isso é propaganda maledicente, enganosa, dos que corrompem
a receita de impostos fazendo da vida um mensalão”
- “Ih, o que e que houve? Anselmo abordando a realidade?”
Interrogaram-se todos.
Levaram a conversa para o Céu, o destino final:
- “dizem que São Pedro só permite namorar à distância
mínima de três metros...” – argüiu um Purgateiro de passagem.
- “Ih, Hein...? Assim não dá nem pra sentir o cheiro!”
- exclamou Anselmo, cada dia mais danadinho...
E conclui Betinha em sua Santa objetividade:
- não vou subir de jeito algum, deixe-me aqui, encontro-me
sob a égide do meu livre arbítrio.
Daqui, de vez em quando, dou uma esticada ao Brasil
e volto rapidinho. Mudar de ares é bom,
mas mantendo as devidas cautelas.
Anselmo olhava Betinha encantado,
doido pra dar umazinha...
evaldodaveiga@yahoo.com.br
N – Da série, adoro escrever bobagens.
Imagino os fatos e os personagens e fico rindo, rindo...
Esse São Pedro, hein? É uma barra!...
Evaldo da Veiga
Eles iam para Céu, mas estavam
em estágio compulsório, no Purgatório.
Anselmo estava contente,
parecia um menino no primeiro namoro.
Betinha, como sempre, observadora...
- “quero conhecer bem a coisa...”
Dizia ela reticente, cabreira, no que iria rolar.
Anselmo naquele seu jeito misto de homem/menino,
estava bem para o encanto:
- “QUE LUGAR FRESQUINHO E BEM VENTILADO,
NÃO PRECISA NEM DE VENTILADOR!!!”
- exclamava Anselmo, do alto da empolgação.
O pessoal estava bem simpático ao Anselmo,
aquele seu jeito simples de valorizar, também, pequenas coisas,
era cativante.
- “dizem que no Purgatório tem pulgas, nada disso, tem não!
Isso é propaganda maledicente, enganosa, dos que corrompem
a receita de impostos fazendo da vida um mensalão”
- “Ih, o que e que houve? Anselmo abordando a realidade?”
Interrogaram-se todos.
Levaram a conversa para o Céu, o destino final:
- “dizem que São Pedro só permite namorar à distância
mínima de três metros...” – argüiu um Purgateiro de passagem.
- “Ih, Hein...? Assim não dá nem pra sentir o cheiro!”
- exclamou Anselmo, cada dia mais danadinho...
E conclui Betinha em sua Santa objetividade:
- não vou subir de jeito algum, deixe-me aqui, encontro-me
sob a égide do meu livre arbítrio.
Daqui, de vez em quando, dou uma esticada ao Brasil
e volto rapidinho. Mudar de ares é bom,
mas mantendo as devidas cautelas.
Anselmo olhava Betinha encantado,
doido pra dar umazinha...
evaldodaveiga@yahoo.com.br
N – Da série, adoro escrever bobagens.
Imagino os fatos e os personagens e fico rindo, rindo...
Esse São Pedro, hein? É uma barra!...