Nem deuses nem homens
Os deuses são imortais porque não existem,
Não se pensam; por isso são eternos.
Existir é ter os dias contados, a vida medida.
É estar entre a dor inevitável de nascer
E o medo terrível de morrer.
E tudo, que não é tudo, passará a ser nada,
Nada mais que nada do nada que deve ser.
Erramos pela vida carregando todas as dúvidas.
Herdamos as perguntas que nunca nos fizemos.
Fugimos apenas. Fugimos do tempo que nos devora,
Que nos diz que não somos nem deuses nem homens,
Talvez sejamos o sonho impossível de algum deles.
Tudo que nasce, morre. Tudo que sangra, sofre.
O sorriso, todo sorriso, qualquer sorriso, vira ruga.
A vontade esmorece, o corpo padece, a mente esquece,
O amor, tão belo e tão forte, uma idéia tola, esquecida,
O pensamento sobre a vida não vem a ser a própria vida,
Aquela vontade, outrora presente, agora anda perdida...
O sentido da vida é ela mesma não fazer nenhum sentido
Cultivamos sonhos e apodrecemos toda essa realidade,
Plantamos tanto essas palavras, mas não colhemos poesia.
Enlouquecemos à noite e vivemos a temer todos os dias.
Os deuses são imortais porque não existem,
Não se pensam; por isso são eternos.
Existir é ter os dias contados, a vida medida.
É estar entre a dor inevitável de nascer
E o medo terrível de morrer.
E tudo, que não é tudo, passará a ser nada,
Nada mais que nada do nada que deve ser.
Erramos pela vida carregando todas as dúvidas.
Herdamos as perguntas que nunca nos fizemos.
Fugimos apenas. Fugimos do tempo que nos devora,
Que nos diz que não somos nem deuses nem homens,
Talvez sejamos o sonho impossível de algum deles.
Tudo que nasce, morre. Tudo que sangra, sofre.
O sorriso, todo sorriso, qualquer sorriso, vira ruga.
A vontade esmorece, o corpo padece, a mente esquece,
O amor, tão belo e tão forte, uma idéia tola, esquecida,
O pensamento sobre a vida não vem a ser a própria vida,
Aquela vontade, outrora presente, agora anda perdida...
O sentido da vida é ela mesma não fazer nenhum sentido
Cultivamos sonhos e apodrecemos toda essa realidade,
Plantamos tanto essas palavras, mas não colhemos poesia.
Enlouquecemos à noite e vivemos a temer todos os dias.