NA SOLITUDE DAS LÁGRIMAS

Na solitude das lágrimas foi que um companheiro de papel conheceu-me frágil. Talvez fosse ele um amigo, ou apenas alguém disponível. Só sei que foi o único para quem o disse. Aquela frase simplória, hoje sem o mesmo significado.

Ele não parecia incomodado. Ficou lá, apenas. Absorvendo a tinta dos profundos sentimentos.

Ao final, as riscas de seu terno estavam umedecidas por minhas palavras. Devo tê-lo abraçado forte.

Sei somente que nele estou marcada. Pode ser queimado ou até rasgado, mas ele sempre se lembrará da cor da minha pena.