Na janela

Do alto da janela observo um véu translúcido pairando sobre as árvores que cabem no horizonte. Até a luz oscila com frequência para que a treva também possa contemplar o fenômeno. Ninguém está sozinho aqui. As árvores fazem espetáculo, com seus galhos estrondosos e dançantes; elas tombam levemente de um lado para o outro como se estivessem sendo acariciadas sem pressa. No topo da cena, as nuvens de aspecto tristonho são denunciadas pela brisa que flutua errante, mas quando as folhas se desprendem preguiçosas sussurrando que todo momento das águas têm início num céu que chora enternecido, eu sorrio...