Por causa de uma janela...

Abri devagar,

pois temia seus efeitos sobre mim.

Mas abri.

E qual não foi minha surpresa,

ao constatar que tua força,

não queimava minha pele,

nem machucava minha vista,

mas vinhas apenas como uma suave luz,

cuidadosa, de modo a não queimar,

mas aquecer, acarinhar, enternecer.

Então abri e me deliciei,

aqueci a pele, senti o toque e o som inaudível

do prazer, do bem querer.

Me tocavas cuidadoso, intenso mas

ao mesmo tempo terno.

Teu amor por completo era dado,

e eu o recebia sem cuidado,

pois via e sentia

que em mim todo este teu amor se refletia.

Palavras de aconchego eram proferidas,

promessas nem eram preciso ser feitas,

pois tudo o que sentimos era vivido,

e as inseguranças, todas desfeitas.

As horas se passaram e o sol desceu.

Desceu mas não deixou de em nós incidir.

Continuamos a sentir seu calor,

continuamos a sentir nosso amor.

A noite chegou e com ela nossa despedida,

mas não nossa separação,

pois onde quer que estejas

estais comigo,

e onde quer que eu esteja,

estou contigo.

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 02/06/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4321304
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