Dormências de um vazio
Preciso levantar-me e acolher-me ao sol, que agora sobe contínuo o velho monte de velhas árvores e novos ninhos em novas floradas. Preciso urgente lavar o rosto retirar o tosco dos sonhos mistos entediante de outras noites de esplendido vazio.
A urgência é de agua límpida, que brota na mina no pé do velho monte. Preciso banhar o corpo do mal do fundo deste velho poço, que resguarda a poeira deste novo tempo, com ares também de velho.
Preciso! E eu sei disso. Tal qual, guardo em meu intimo as lembranças de quando criança e via o grande mundo que era o monte de minhas grandes caçadas por ser pequeno ao próprio mundo de minha vivência.
Mudou-se pouco vendo deste meu leito ébrio, as vozes que vem de fora. Vindos de lugares alguns com destinos nenhuns, seguidos dos lixos, que me acompanhou e me acompanha fora as trilhas do musgo floral do velho monte, em que não mais voltei.
........... “ Catarino Salvador “.