(Vistas sobre o Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara. Foto tirada no Parque da Cidade, Niterói)
"ÀS VEZES OUÇO PASSAR O VENTO..."
Sob um céu de algodão, pontos azuis e dourados entrecruzam-se com os pontos do meu íntimo. Do lado de lá, da terra que agora não piso, chega-me o som arrastado do cansaço, o alvoroço dos dias continuamente agitados...
E de outras mui longínquas paragens chega a leveza de boas e gratas memórias, embrulhada na cor da saudade...
Aqui e agora, não existe o murmúrio ensurdecedor do tráfego citadino. E não lamento... Pois não há nada que possa pagar a paz que me transmite este céu bordado a fios de ouro e este vento gelado que ouço passar e me açoita o rosto e me faz tremer de frio... Recebo-o com sorrisos, no coração e nos lábios, e julgo ter compreendido o que Fernando Pessoa sentia quando escreveu:
"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
Ana Flor do Lácio
E de outras mui longínquas paragens chega a leveza de boas e gratas memórias, embrulhada na cor da saudade...
Aqui e agora, não existe o murmúrio ensurdecedor do tráfego citadino. E não lamento... Pois não há nada que possa pagar a paz que me transmite este céu bordado a fios de ouro e este vento gelado que ouço passar e me açoita o rosto e me faz tremer de frio... Recebo-o com sorrisos, no coração e nos lábios, e julgo ter compreendido o que Fernando Pessoa sentia quando escreveu:
"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
Ana Flor do Lácio