A CRIAÇÃO EM PROSA E VERSOS
E antes era tudo calmo
Embora tudo um só caos
Arrumação de Si
Cuja compreensão não se tem
Deliberadas ações do faz e desfaz
E de fora Ele tudo via
E de dentro, o todo parado percebia
Algo em comum a tudo não existia
Embora parte do todo e todo das partes
Ligações infinitas de perene rede mantinha
Mas de Sua suprema natureza
Necessária, a dinâmica se fazia.
Soberana vontade, do caos à harmonia
E Ele tudo encolheu. Deu-se então a luz...
Ato deliberado, um certo Dia...
As regras foram tomadas, os campos arranjados
Foi, então, o tempo que nascia...
Do ainda micro-caos, à aparente macro-harmonia
Tudo ele permeia. Dele, incrível fantasia
Possível, então, todo o movimento se fez
Constante caminho, mas que tudo acelera
Espera uma nova vontade chegar
O momento da contemplação, a vontade de tudo parar
Ver Sua criação, exuberante, a se firmar
O quando e o quanto fundir-se num só
A magia do sumir aqui e ali aparecer
As perturbações do espaço, o todo que se expõe.
Que se concentra no momento da existência
Mas que pode em ondas esmaecer,
E concentrar-se outra vez em mágico aparecer
Aí, talvez, faça tudo voltar
Talvez mais ainda, o menos um valerá
Um caminho de compreensão outra vez deixará
Entretanto, Sua intenção nenhuma teoria preverá
Apenas a certeza de uma comunhão que chegará