O BOM ESQUECIMENTO...

Existem alguns momentos que não conseguimos esquecer. Compreensivo, então, que nos esqueçamos de outros, sem importância, sem a mesma gana, sem o mesmo esforço. Ainda que nos marque este tipo de esquecimento, sejamos jutos, às vezes as esquecemos (marcas) por alguns instantes. Seria interessante se pudéssemos multiplicar esse mínimo de bom esquecer, para poder viver sem qualquer arranhão na alma ou no peito, sem qualquer vazio a ocupar a mente, a nos deixar demente, sem rumo, sem beira, completamente... Contente. Por isso, vou fazer o que me manda o coração, ou que eu venha a supor que seja mesmo ele a mandar, vou andar, tocar a vida sem qualquer lembrança triste que tenha, dentre ela a dos teus olhos, tua birra, teu jeito de brigar que me excitava e excita, mas que apenas me valem de saudade, não és mais aquela minha realidade, não és mais o meu presente tão ausente. Assim, vou voltar para onde eu estava feliz e esquecido, a esquecer por um espaço de tempo maior que o de hoje, posto que seja isso que precise, posto que seja o que sinta. Não sei reviver meus passados. Se isso for pecado, que os céus me perdoem, já que Deus sabe o que sinto, o que eu disser para qualquer pessoa não será nada, apenas palavras. Que sejam levadas aos ventos, assim cairá no esquecimento, igual ao que eu me acostumei a viver...

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 30/05/2013
Reeditado em 14/06/2013
Código do texto: T4316378
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