TRILHAS

A vida que não se aquieta

Fez-me mulher que não sabe fim

Pelas trilhas que me empurrou

Não pus crença de sorte

Fui lutadora e fui forte

Guardei risos em moringas

E em baldes sangrei

Quedando nas valas que não ensaiei

Juntei meus pedaços para descansar

E no que vejo deles ao olhar

Sinto pela mulher moça

Que pensava o que podia pensar

Desenhando rascunhos do que aguardar

Seus rabiscos foram as lanças que joguei

Nos escuros que encontrei

Restou ali a alegria

Ingênua de imaginar

Da mulher menina que vivia

A boa magia de brincar