Aos poucos...
De maneira lenta, mas perene,
Os fios vão se partindo
Como uma malha que se desfaz.
A teia não resiste e parte-se, reparte-se.
A fragilidade dos laços é visível, palpável.
Inútil tentar remendar.
Só disfarçam fios, linhas, elos.
Desfazem-se, esgarçam-se.
O novelo encolhe, encolhe
Até não mais ser.
O princípio e o fim se unem,
Se fundem, confundem.
Pouco importa que tudo esteja quebrado...
Um novo carretel surgirá,
Refazendo, recompondo, colando
Parindo novamente VIDA.