Por Sermos Humanos

Pelos chuviscos que na língua mantenho, trago a mente lisa a embrenhar-se nas flores, méis e amores;

Fleimão na ardência do embalo; letras e calos

Quando a alma desprovida de chicotes deita na tábua celestial, o corpo resgata a irmã da vida

Somos todos escórias de inimagináveis nuanças

Cantamos rimas como almoçamos chumbo

Pelas quinas, pairamos e caímos

Temos nada a acrescer em nossos seres

Somos galhos secos

Somos argila fétida

Somos humanos!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/03/2007
Reeditado em 23/04/2007
Código do texto: T431095
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