Liberdade

Sou águia que voa longe

Mirando um monte

No qual pousar

Tenho asas

Planando ao vento.

Deixo que me leve embora.

Já é hora.

Como alento descansarei.

Escolho um pico agradável.

E ali eu estarei.

Cuidei minhas crias

Para que pudessem voar.

Dou-lhes como escolha

A liberdade.

E a fuga da maldade.

Não tenho relhas

Tão pouco amarras.

Nenhuma marca.

A registrar.

Atravesso nuvens

Rompendo raios.

Raso a tempestade.

E a driblo com vontade.

Não me permito molhar.

Nem garoa me atinge

De penas

Impermeáveis

Me fiz.

Os montes,

Por mim esperam.

Dos ovos nem cascas.

Restaram.

As Tempestades,

Ultrapassei

A que bando

De andorinhas,

Como águia

Temerei.

Gracia Fernandes.

Gracia Fernandez
Enviado por Gracia Fernandez em 26/05/2013
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