NA CURVA QUE FEZ O VENTO
E na curva que fez o vento
Nas alças de minha vida...
Atou-me na saudade
De uma alma desconhecida...
Veio em forma de sopro
A abonar-me como brisa,
Exalando seu perfume
De deusa em despedida...
Mal tive tempo
De pedir-lhe o nome,
Pois saiu em disparada
Como quem quer pegar
A própria vida...
E saiu assim,
De mansinho
Da mesma forma que chegou
Deixando em meus faros
O perfume do amor...
E agora fico aqui
A espera de uma nova brisa
Na esperança que ela volte
Mesmo que seja
Para uma próxima despedida.