As Incoerências do Homem
Uma Estrada...
Um ser Caminhante...
Uma Multidão caminhando...
As águas cristalinas brotam das terras mais altas
As lágrimas mais transparentes brotam dos olhares mais humildes
Por quê? ...Libertados das vaidades.
O Homem
Carrega a sua emoção como pedras desde a Antiguidade
Pela água afoga-se em lágrimas o seu coração
Pela voz engasga-se...
Pois nem tudo que fala è a Verdade.
O Homem é um ser Egoísta.
A Verdadeira Poesia...
É um grão de areia entre milhões numa praia deserta...
É a audição de uma só onda entre tantas a se chocar contra os rochedos
A observação do voar de uma gaivota num céu intensamente azul.
O que seria do céu sem a gaivota... E da gaivota sem o céu?
E de nós sem este momento... E deste momento sem nós?
A verdadeira Poesia não pertence a nós.
As inspirações não pertencem a nós.
As contrações das emoções dos Homens diluem-se como dores de partos.
Que muitas vezes geram uma nova vida e deixam-na jogada numa lata de lixo.
Contradições...
O flutuar de um urubu sobre os lixos carnais deixados pelo Homem
A nudez singela de um bebe a chorar...
O olhar que olha o chão e nada diz
...O silêncio diz tudo.
A Poesia sem O Amor fica sem as graças
Perde o encanto, a magia, a eternidade
Guardam-se as belas palavras como moedas em um cofrinho.
Passa-se o Tempo e nada gastamos e nada adquirimos... Apenas nos desvalorizamos.