A c o s t u MAR!
A chuva faz curva e chega mansa na beira do rio. Até o ônibus tenta enganar o dia e sobe o morro bem devagar, mais uma vez. Amanhece assim essa cidade, invernando a cena, deixando o coração de porta aberta, acendendo o fogo. Vai esfriar e o dia molhado silencia a cidadela. Agora compreendo - ainda sentado na cama - que temos um rio silencioso, descendo, indo ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ e fazemos o mesmo silêncio. Então - silenciosos e vivos - carregamos um Paranapanemáguaboa no olhar,este pensamento d'água no dizer e o jeito da água por aqui passar. Dia encharcado. Alma úmida de Piraju. Daqui a pouco volta o verão e a gente mergulha outra vez. Vai que vai. Hoje é tudo água. A gente também precisa ser. E se A C O S T U M A R ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ <.>!
(Produção Palavra N'água - texto Paulo Viggu - série "Panemices")