Das coisas que se sente
São pessoas, sim é gente de carne, osso e sentimentos que estimula ou enfraquece a vontade que se tem de alguma coisa. Mas não é porque deixamos, é maior do que nós. É um mecanismo pronto, incrustado, já nascido de milhões de anos. Assim se dão os medos, guardados de antes, de pequeno, e vão se acumulando culturalmente na gente, por pura imposição. Que não se livra assim fácil, que não se limpa assim como se lava as mãos, não! É bem mais complexa a mudança de comportamento humano. Quando se nasce num meio de restrições, como falar das coisas que se sente, se é podado desde a raiz, tão logo se entende por gente. Quem quer saber de ouvir a voz de pequenos? Se não se pode falar ou de ser ouvido, então depois de crescido, escreve, escreve, escreve... E quem sabe, alguém lê e entende o significado.