Negro Matuto
Pés descalços chão de areia
Matuto caminha até aldeia
Um pobre mulato suado
Embrenha-se no mato
Capim alto sangra seu corpo
Enquanto procura conforto
Busca uma brisa para refrescar
E num leito de rio para se banhar
Pobre homem a fome é maior
Além de toda dor e o suor
Aumenta também sua sede
Enquanto cansado procura uma rede
Negro matuto que corre no chão
A fome é intensa procura por pão
Não sabe até quando vai viver
Mas percebe que ali pode morrer
(Altair Feltz)
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