Responder o que ao amor,

quando este chega atrasado

 

e não há seiva denotada?

O silêncio indaga.

 

 Discutir o que com a espera,

se já encontra moribunda,

a tão desejada felicidade?

A dúvida interroga.

 

Por que os lábios sedentos se calam,

mãos suadas não ousam,

olhos vertentes não murmuram.

O vento insiste na pergunta.

 

 "Simplesmente, 

não há brilho nem fresta,

num coração abotoado."

Do casarão abandonado,

ouço a resposta em murmúrio.

 

Railda
Enviado por Railda em 20/05/2013
Reeditado em 30/01/2016
Código do texto: T4299884
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