Responder o que ao amor,
quando este chega atrasado
e não há seiva denotada?
O silêncio indaga.
Discutir o que com a espera,
se já encontra moribunda,
a tão desejada felicidade?
A dúvida interroga.
Por que os lábios sedentos se calam,
mãos suadas não ousam,
olhos vertentes não murmuram.
O vento insiste na pergunta.
"Simplesmente,
não há brilho nem fresta,
num coração abotoado."
Do casarão abandonado,
ouço a resposta em murmúrio.