ACORDAR
Pela fresta da janela vejo a luz do sol se aproximando de mansinho, clareando lentamente o que se escondia ... ressuscito da vida vegetativa ! Vou caminhando, passo a passo, refletindo no espaço do quarto a rotina das manhãs ! Percebo sons, ouço vozes, vociferar de motores, abro a janela : ...as cores das flores pintando a natureza, o voo cadenciado e anunciado dos pássaros, a vidraça embaçada de vapores que choram, o vento frio à espreita, aproveita e espana as folhas do pinheral ... ouve-se o murmurejar crescente de pessoas timidamente desfilando pelas ruas, cada qual, refazendo sua história ! O relógio não pára ... não há pressa na partida ! Abrir o jornal ?... Descrição da violência habitual, a injustiça que perdura, a delinquência que se atura, a corrução escancarada, a vida banalizada, a idade consentida ao delito, o time que perdeu, o jogo que acumulou, o jogador que se vendeu, o papa que pecou, a tragicomédia da vida humana comentada, a vidência horoscopista, o desemprego que tenta-se justificar, a ação de integração que desintegra, enfim, nada de novo...Reflexão !... caneta e papel nas mãos, as idéias vão brotando como olhos d'água repetindo o leito dos rios... Lá fora, a vida repetida embála-se em chamarizes de sonhos peculiares a cada visão que se consagrou, e um novo dia aflora... a escuridão desapareceu ? A mente ignora. Principalmente as lembranças algozes do passado !...Parte-se em busca de novas emoções, um novo horizonte se instala no consciente ... e mais uma vez me sinto presente, em busca de novas utopias, na intenção de talvez, um dia, transformá-las noutras fontes de inspiração !
Pela fresta da janela vejo a luz do sol se aproximando de mansinho, clareando lentamente o que se escondia ... ressuscito da vida vegetativa ! Vou caminhando, passo a passo, refletindo no espaço do quarto a rotina das manhãs ! Percebo sons, ouço vozes, vociferar de motores, abro a janela : ...as cores das flores pintando a natureza, o voo cadenciado e anunciado dos pássaros, a vidraça embaçada de vapores que choram, o vento frio à espreita, aproveita e espana as folhas do pinheral ... ouve-se o murmurejar crescente de pessoas timidamente desfilando pelas ruas, cada qual, refazendo sua história ! O relógio não pára ... não há pressa na partida ! Abrir o jornal ?... Descrição da violência habitual, a injustiça que perdura, a delinquência que se atura, a corrução escancarada, a vida banalizada, a idade consentida ao delito, o time que perdeu, o jogo que acumulou, o jogador que se vendeu, o papa que pecou, a tragicomédia da vida humana comentada, a vidência horoscopista, o desemprego que tenta-se justificar, a ação de integração que desintegra, enfim, nada de novo...Reflexão !... caneta e papel nas mãos, as idéias vão brotando como olhos d'água repetindo o leito dos rios... Lá fora, a vida repetida embála-se em chamarizes de sonhos peculiares a cada visão que se consagrou, e um novo dia aflora... a escuridão desapareceu ? A mente ignora. Principalmente as lembranças algozes do passado !...Parte-se em busca de novas emoções, um novo horizonte se instala no consciente ... e mais uma vez me sinto presente, em busca de novas utopias, na intenção de talvez, um dia, transformá-las noutras fontes de inspiração !