história de ela.

(não tens mas queres

não és mas desejas)

ela

que era ex-de si, eis seu chamado

quase nada te preenche

(prenha)

todavia, rastros

ou mórbidas lembranças vivazes!

e quase tudo

te ficou à mostra

doçuras de sonhos

por deuses!

ainda por criar

vá e encontra-te.

une pedaço

de platô em I´resquício

de chão potável

ou I´lasca em migalha verde

a qual te enleve

de súbito,

alegria.

( ainda és algo em tantas que já se foram,

mas, largaram-te, sem dó,

ao sopé de I´estrada)

posto que te passas em mares de morros

secos e líquidos e longos"

" serras de capim

são desejos lunares

e em estrada federal

uma vastidão

de ser-como-tantas-vidas

por-se-fazer

sopráva-te ...

semente de ir longe;

tua pele, agora, é seca

todavia também sem estrada

defuma-te sem vento, aquele que sibilava

correndo a 120, com destino certo.

I´pão de queijo com café

e o sorriso

father´n´son

sim, ela tava em meio-deles

e quando os viu na arrebentação de mangue secos

nas ruínas do futuro de I´casa

chapiscos e I´cão

ao lado de lareira, sem fogo

houve-se pequena.

e como se o fim já houvesse

e muito, em hrs extras de emoção sua.

(não há mais espaço para se esgarçar em vidas tantas.)

as hrs passam

quase imóveis,

ao envelhecimento de I´casa

consigo

e as luzes se alternam, esmaecidas

ao passar pelo meio-dia

noite-quase-sonho

e ela não sabe quem se perdeu

qual mujer

há de pagar a conta

cota ébria

de tamanho de cadafalso

queda sem gravidade

orbitando em vozes idas

(não, não há queda

apenas perda

com exponencial de dor ardilosa)

ela é aquela que se foi

límbica

do sorrir da tarde

à montanha

mas que ainda tatua

por i´fuga de si.

será algo dela própria

? (de novo.)

por alguma vez há de se esperar à estrada

sem a qual

não seria-á

de pé ou ponta-cabeça

qualquer coisa digna de origem

a merecer lágrimas de horizontes de mato

com cheiro úmido

e tez feliz.