Falso Velázquez

"Eu prefiro ser o primeiro pintor de coisas comuns

Que o segundo em arte maior."

(Diego Velázquez)

Ninguém mais se lembra do soldado morto?

Perdeu sua identidade; outrora obra-prima, hoje tela bastarda!

Inspirou gerações, emocionou abastados; deu-nos a esperança de

Compreender... A arte, o mundo; sem ela, Manet não teria “matado seu tesoureiro”

A menina na janela... Por ela, víamos seu desgaste, o baluarte e a cúpula da capela

Pela ruela, transeuntes vítimas de repressões; mulheres fugindo da santa inquisição

Se misturavam tentando escapar do conservadorismo vitoriano e de outros crassos enganos...

... Mais e mais falsificações, erros e descobertas surgem e surgirão a cada ano

A National Gallery deixou claro sua constatação

Por raios-X e infravermelhos, análises ópticas de renomados conselheiros

Que o soldado viera da Itália, e outras técnicas usadas serão...

... Foram, nesse universo épico, virão novas investigações que esclarecerão

Tal falsificação, na calada da noite, madrugada adentro, um dia confirmarão

Todas as farsas, breves ou tardias, não importam o contexto e nem, do crítico, a opinião

*Baseado em reportagem da Folha de São Paulo,

Caderno Ilustrada, pg E4 de 03/08/2010.

*A Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (06/06/1599 — 06/08/1660)

Marciano James
Enviado por Marciano James em 17/05/2013
Código do texto: T4295610
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