Jorge.

Jorge.

Um homem-flor que a vida esqueceu de regar

Uma linda criança que os pais não puderam aceitar

Nasceu em dia-santo, num espreguiçar de Deus

Quando uma nuvem passou descuidada por cima do sol

Um anjo que cuidava das portas do céu,

Que sem perceber as virtudes das crianças

Enganou-se, e não conferiu o passaporte;

Nem a idade de um menino que parecia crescido

E sem querer deixar transparecer sua minúscula falha

Permitiu que a nave do amor trouxesse para baixo

Un ser superior, que não poderia ser bem-sucedido entre os mortais,

Assim nasceu entre nós Jorge. Este foi um nome que lhes deram

Aqueles que pensaram ser seus pais.

Eu conheci Jorge, é verdade que como a maioria,

Ou como todos os que tiveram a honra de tê-lo em seu convívio

Não compreendi nem de longe a razão de sua nobreza.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 28/03/2007
Reeditado em 28/03/2007
Código do texto: T429509